No passado dia 21 de Novembro, completaram-se dez anos – uma década, já! – que Armando Pinto, autor felgueirense natural e residente em Rande, Vila da Longra, trouxe à estampa aquela que é a sua mais importante e volumosa obra, “Memorial Histórico de Rande e Alfozes de Felgueiras”.
Recordo, a propósito, as dificuldades com que este autor se debateu frente a determinados poderes para que a obra viesse à luz do dia, já que a edição da mesma, se a memória não me engana, poderia ter sido antecipada, pelo menos, cinco anos.
Foi uma década de sonho e de desilução, a de 90, para os autores de Felgueiras. Porque, nessa altura, começaram a surgir no concelho as primeiras publicações em livro. Eu, Arlindo Pinto, Alfredo Estebaínha, Armando Pinto, Prof. Fausto Quintas, entre outros. Porém, hoje, a realidade é de retrocesso, face à política cultural ostensiva instalada há quase vinte anos, que é a de "não-fazer" e, ao mesmo tempo, "não-deixar-que-se-faça". Para sossego de quem manda!
Recordo, a propósito, as dificuldades com que este autor se debateu frente a determinados poderes para que a obra viesse à luz do dia, já que a edição da mesma, se a memória não me engana, poderia ter sido antecipada, pelo menos, cinco anos.
Foi uma década de sonho e de desilução, a de 90, para os autores de Felgueiras. Porque, nessa altura, começaram a surgir no concelho as primeiras publicações em livro. Eu, Arlindo Pinto, Alfredo Estebaínha, Armando Pinto, Prof. Fausto Quintas, entre outros. Porém, hoje, a realidade é de retrocesso, face à política cultural ostensiva instalada há quase vinte anos, que é a de "não-fazer" e, ao mesmo tempo, "não-deixar-que-se-faça". Para sossego de quem manda!
Prenhes de esperança, acreditávamos em algum futuro editorial, melhor do que existe hoje, para trazermos a público os nossos escritos – a nossa escrita, que é a nossa verdadeira paixão. Acreditei, mas cedo percebi que nada havia a fazer que não fosse mandar os textos para a gaveta, à espera de melhor oportunidade. Ainda me envolvi na fundação da AEJAVAS – Associação de Escritores e Jornalistas do Vale do Sousa. Que nome pomposo, dado por alguém que cedo percebeu que eu não estaria ali para instrumentalizar ou deixar instrumentalizar a associação para fins não constantes nos estatutos!
Mas, quanto aos escritores do concelho, lembro-me muito bem dos boicotes… Das práticas centralizadoras, que levaram não só a que o Armando Pinto demorasse muito tempo a publicar o livro, como, por exemplo, a que acabassem com as sessões culturais que eu e o Prof. Fausto Quintas fazíamos. Durante um ano e meio no Café Belém. Há dias, um dos meus amigos da Cultura, o Amílcar, do Porto, bom actor, recordava-me as instensas actividades que se faziam naquele café, onde, na última sexta-feira de cada mês, levávamos um autor.
Por isso, caro Armando Pinto, resistir é vencer! Continuemos o gosto que temos pela escrita!
Parabéns pelos dez anos do livro! Mas ainda estou à espera de um livro seu com capa de cor vermelha (ou encarnada).
Mas, quanto aos escritores do concelho, lembro-me muito bem dos boicotes… Das práticas centralizadoras, que levaram não só a que o Armando Pinto demorasse muito tempo a publicar o livro, como, por exemplo, a que acabassem com as sessões culturais que eu e o Prof. Fausto Quintas fazíamos. Durante um ano e meio no Café Belém. Há dias, um dos meus amigos da Cultura, o Amílcar, do Porto, bom actor, recordava-me as instensas actividades que se faziam naquele café, onde, na última sexta-feira de cada mês, levávamos um autor.
Por isso, caro Armando Pinto, resistir é vencer! Continuemos o gosto que temos pela escrita!
Parabéns pelos dez anos do livro! Mas ainda estou à espera de um livro seu com capa de cor vermelha (ou encarnada).
JCP